Fazendo a Diferença numa Igreja de Iguais

Em Colossenses 1:28-29, Paulo nos oferece uma visão clara do papel do ministério e do discipulado dentro da Igreja:

“28 A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; 29 E para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.”

Esses versículos revelam um princípio profundo para viver e fazer a diferença em uma comunidade de fé, mesmo quando todos compartilham a mesma fé. Aqui estão algumas reflexões que podemos extrair para guiar nossas ações e atitudes dentro da igreja:

1. 1. O Ensino e a Admoestação Individualizada: Paulo fala sobre “anunciar a Cristo, admoestando e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria.” A ideia aqui é que, mesmo em uma comunidade onde todos professam a mesma fé, cada indivíduo é único e precisa de uma abordagem personalizada para crescer espiritualmente. O ensino deve ser aplicado de maneira a tocar as realidades e desafios pessoais de cada membro. Isso significa que a Igreja deve se empenhar em conhecer suas ovelhas, oferecer suporte e orientação específica para que todos possam avançar na fé e atingir a maturidade em Cristo.
   2. O Objetivo da Maturidade em Cristo: O propósito de todo o ensino e admoestação é “apresentar todo o homem perfeito em Jesus Cristo.” A perfeição em Cristo não implica uma conformidade rígida, mas sim um crescimento contínuo na imagem de Cristo. Em uma Igreja onde todos são iguais em sua condição de pecadores redimidos, o objetivo é promover um desenvolvimento espiritual que reflete a natureza de Cristo em cada indivíduo. Isso exige um compromisso com a transformação pessoal e comunitária, onde cada um busca viver de acordo com os ensinamentos de Jesus.
   3. Trabalho e Dedicção no Ministério: Paulo não apenas ensina, mas também “trabalha, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.” Fazer a diferença em uma Igreja de iguais requer trabalho árduo e dedicação. É necessário lutar com o poder que Deus nos concede, investindo energia e esforço para promover o crescimento espiritual e o bem-estar da comunidade. Essa dedicação é motivada pelo reconhecimento de que é Deus quem opera poderosamente em nós, e não apenas pelo nosso próprio esforço.
   4. O Poder da Eficiência Divina: A eficácia mencionada por Paulo é o poder de Deus que age em nós para realizar a obra do ministério. É essencial lembrar que a transformação e o crescimento não são apenas fruto do nosso trabalho, mas da ação divina em nossas vidas. Ao colaborarmos com Deus, somos capacitados a impactar a vida de outros e a construir uma Igreja que reflete o caráter de Cristo em meio às suas diversidades e semelhanças.
   5. A Unidade na Diversidade: Mesmo em uma congregação onde todos compartilham a mesma fé, a diversidade de experiências e jornadas espirituais deve ser reconhecida e valorizada. A verdadeira diferença é feita quando cada membro é incentivado a crescer de acordo com sua própria caminhada, enquanto se contribui para a edificação mútua da comunidade. Assim, a unidade é preservada não na uniformidade, mas na celebração das diversas maneiras como cada pessoa experimenta e reflete a graça de Deus.

Em resumo, Colossenses 1:28-29 nos chama a um ministério de profundidade e compromisso, onde a diferença é feita por meio de um ensino e admoestação personalizados, uma busca contínua pela maturidade em Cristo, e um trabalho diligente sustentado pelo poder divino. Ao aplicar esses princípios, uma Igreja de iguais pode se tornar um testemunho vibrante do amor e da transformação que Cristo oferece a cada um de nós.